segunda-feira, 27 de junho de 2011

Livro: A Nau dos Insensatos

O primeiro best-seller de todos os tempos, A Nau dos Insensatos, publicado em 1494 (prensa de Gutenberg é de 1440), ironiza a sociedade do seu tempo. Seu apelo foi tão grande que, no tempo de vida do autor, a obra foi editada 15 vezes e traduzida para várias línguas, tornando-se a primeira obra da literatura alemã a ser traduzida para o inglês. Ao morrer, em 1521, Sebastian Brant era o autor mais renomado da Europa.
Dividido em 112 capítulos curtos, cada qual dedicado a um tipo de louco ou insensato, o livro proporciona uma leitura provocadora e divertida. Sua temática ressoa ainda hoje, já que o autor lança olhar crítico sobre as falácias da justiça e da Igreja, a avidez e vulgaridades dos nobres e pobres, nem os exageros da moda o escapam.
Considera-se que a Nau dos Insensatos inaugurou uma nova vertente na literatura mundial, a literatura da loucura, inspirando grandes clássicos como Rei Lear (aproximadamente 1606), de William Shakespeare; O Elogio da loucura (1511), de Erasmo; O aventuroso Simplicissimus (1667), de Grimmelshausen.
Formado em Direito, Brant foi advogado e juiz. Profundamente católico, acreditava que seus poemas satíricos fariam com que as pessoas se enxergassem e, a partir disso, se tornassem pessoas melhores. Já no prefácio, Brant anuncia suas intenções: “Que seja de utilidade e sirva de salutar ensinamento, de estimulo à conquista da sabedoria, juízo e bons costumes, assim como à emenda e punição da insensatez, cegueira, desacerto e inépcia dos homens e mulheres de todas as condições.”
O livro é repleto de referências bíblicas e literárias, amparado por comentários de rodapé nesta edição. Ao falar sobre os maus costumes e irresponsabilidade dos pais na educação dos filhos, por exemplo, Brant cita o personagem de uma fábula da época que, condenado a morte, declara que seu último desejo é ver a mãe. Quando esta chega, Albino arranca seu nariz com uma mordida e esclarece que fez isso por ela não o ter educado na infância...  “Aquele que gera um filho sábio...deve agradecer a Deus em todas as suas orações por tamanha graça.”...
A belíssima edição brasileira, publicada pela editora Octavo, conta com a capa em relevo e ilustrações do grande pintor a gravurista Albrecht Durer, expoente do Renascentismo alemão. A tradução, elaborada a partir de uma edição em pré-novo-alto-alemão, priorizou a acessibilidade ao leitor brasileiro contemporâneo adotando a versão em prosa.
Sobre o autor:
Sebastian Brant nasceu em 1457 na cidade de Estrasburgo,que na época fazia parte do Império Romano-Germânico.Em 1475 iniciou o estudo de Direito e Línguas Clássicas na Universidade da Basileia, onde se formou como bacharelem 1477 e como licenciado em 1484. No ano seguinte casou-se com Elisabeth Burg, com quem teve sete filhos. Concluído o Doutorado em 1489, assumiu uma cátedra na mesma Faculdade, passando a lecionar Direito Canônico e Direito Romano(ou Civil). Ao mesmo tempo, atuava como advogado e juiz. Em 1499, a Basileia foi acolhida na Confederação Suíça, separando-se do Império, o que levou Brant, em 1500, a mudar-se de volta para Estrasburgo. Lá desempenhou diversos cargos públicos, sendo inclusive, em algumas ocasiões, chamado a atuar como conselheiro do imperador Maximiliano I. Quando faleceu, em 1521, era o autor alemão mais renomado em toda a Europa.
Sobre o livro:
Título: A Nau dos insensatos
Autor: Sebastian Brant

Editora: Octavo
Ilustrações: Atribuídas a Albrecht Durer
Tradução: Karin Volobuef
Título Original: Das Narrenschiff
Capa: João Baptista da Costa Aguiar
Revisão: Rosana de Angelo
Formato: 16 X 23 cm
Encadernação: Brochura
Nº de páginas: 354
Assunto: Literatura alemã
ISBN 9788563739001
Edição: 1ª
Preço: R$ 58,00

Imagem em alta da capa: www.tocadobuck.blogspot.com

Nicolau Kietzmann Goldemberg
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