segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lançamento: COPACUBANA, de Hector Bisi - Ed. Edith.



COPACUBANA, de Hector Bisi.
Ed. Edith.

Copacubana é um livro que um tradutor se recusou a traduzir, uma escritora hesitou em fazer seu lançamento no mesmo evento e a própria mulher do autor preferiu nem ler. E a polêmica não para por aí. Hector Bisi recebeu um irreverente e sincero prefácio do lendário ator Paulo César Peréio, que revela: “Há confusão entre a primeira e a terceira pessoa...” e declara: “Qualquer manifestação subjetiva só é interessante na medida que o sujeito me interessa, e não é o caso.”

Desafiando o bom senso e “gostando de apanhar”, o carismático autor estreante com vocação para enfant terrible uniu-se ao editor que, notoriamente, gosta de publicar o impublicável, Vanderley Mendonça (do Selo Demônio Negro e, agora também, da Edith). E assim COPACUBANA veio ao mundo literário neste mês de setembro. Numa época de lançamentos insípidos, isso torna o livro de Hector Bisi minimamente interessante.

O que move Bisi a enfrentar (e provocar) tantos desacatos é a paixão pelo temas das mulheres humildes, ou como elas próprias diriam, “humirdes”. Nasce aí o neologismo "mirdes", que pontua todo o livro e é um apelido "carinhoso" que o seu personagem principal, um quarentão obcecado por garotas novinhas, inventou para se referir a elas. Detalhe, todas têm a mesma característica: são feias e suburbanas. Seu bordão é “Não sou pedófilo, elas é que são gerontófilas: tem tesão por homens mais velhos.” A mesma temática que levou o humorista Rafinha Bastos à fama, o tratamento politicamente incorreto das questões de gênero, recebe aprofundamento neste dinâmico romance tragicômico.

Outra obsessão do autor é com a América Latina. "A gente tem que parar de procurar semelhanças entre São Paulo e Nova York, de ser tão influenciado pelos americanos. Enquanto o cinema deles é uma droga, a gente tem escritores sensacionais como o Pedro Juan Gutiérrez, em Cuba, o César Vallejo e o Efraim Medina, na Colômbia”. É possível encontrar semelhanças entre a escritura de Hector e a do cubano Pedro Juan, criador do "realismo sujo" e personagem real do livro, mas ele dissimula: "Meus personagens chegam a ser românticos e, além disso, eu tenho muito mais cabelo do que o Pedro Juan".

No livro, Pedro Juan (o personagem) vem ao Rio como convidado especial de um Congresso de Travestis-escritores em Copacabana, no Rio de Janeiro.“Deste encontro nasce COPACUBANA, o lugar mais quente ao sul de Havana.” Em dupla, os dois homens vivem aventuras com as mirdes até que o quarentão parece se apaixonar verdadeiramente por uma delas. Seria uma redenção?

Hector nasceu em Belém, morou em Londres e é hoje um paulistano que ama o Rio. Já foi engenheiro na Amazônia, servente de obras em Londres e agente de modelos em São Paulo. Desenvolveu sua escritura nas oficinas literárias do escritor Marcelino Freire, co-editor do Selo Edith, e de Mario Bellatin, premiado autor mexicano. Para provar que não é a inspiração de seu primeiro protagonista, dedicou o livro à sua mulher: “Mais do que a mulher da minha vida, a mulher da minha memória. Todas numa só.”

Capa: COPACUBANA tem uma capa criativa e com o projeto gráfico, assinados pelo diretor de arte Renan Bulgari. Com isso, os leitores podem ter uma certeza: se o parecer negativo do tradutor, a irreverência crítica de Peréio e a intuição da musa de Hector Bisi estiverem corretos, vão ter pelo menos um belo livro na estante.

Contato com autor:

Informações:
Copacubana
Editora: Edith
Autor: Hector Bisi
Preço: R$ 30,00
108 págs – 14 X 21cm
ISBN 978-859039352-8

DGNK Assessoria de Imprensa
11- 3070-3336
11- 8273-6669
nicolau@dgnk.com.br
www.dgnk.com.br
www.tocadobuck.blogspot.com



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Editora Octavo é indicada Prêmio Jabuti 2011 em duas categorias


Editora Octavo comemora a indicação de finalista do livro Nau dos Insensatos para o Prêmio Jabuti 2011 da Câmara Brasileira do Livro em duas categorias a de tradução e de capa.  Considerado o primeiro best-seller de todos os tempos, publicado originalmente em 1494, ironiza a sociedade do seu tempo.
                             
Seu apelo foi tão grande que, no tempo de vida do autor, a obra foi editada 15 vezes e traduzida para várias línguas, tornando-se a primeira obra da literatura alemã a ser traduzida para o inglês. Ao morrer, em 1521, Sebastian Brant era o autor mais renomado da Europa.

Sendo a obra a primeira leva de livros da Editora Octavo o editor Isildo de Paula Souza comenta: “Após mais de 23 anos de mercado editorial em grandes livrarias, essas indicações é um verdadeiro estímulo para a continuidade do nosso trabalho que acabou de começar aqui na Editora”.

Os livros da editora são negociados com agentes estrangeiros como Slow Reading, do canadense John Miedema, Leve-me com Você, do francês Paul Desalmand ou achados de domínio público que são traduzidos com a Nau dos Insensatos (alemão) ou o primoroso trabalho do livro Da Origem e Propagação do Café de Antonie Galland (1001 noites) com capa dura com verniz com cheiro de café.