quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Caninos – Antologia do Vampiro Literário

Caninos – Antologia do Vampiro Literário


É editada pela primeira vez no Brasil uma grande antologia sobre o vampiro na literatura ocidental. Essa figura, que surge em textos do séc. XVIII, vai se fixando até virar um verdadeiro mito ao longo do séc XIX. O vampiro de nossos dias foi todo ele moldado nesse período. Diversos dos grandes escritores que crivaram suas penas sobre o assunto estão reunidos em 528 páginas com contos, poemas e trechos de dissertações, teatro e romance nesta edição da Berlendis & Vertecchia Editores.

O vampiro literário vai muito além da literatura de terror e consagrou-se ao passar pelas mãos de autores como Dom Calmet, Goethe, Coleridge, Lord Byron, Hoffmann, Gógol, Baudelaire, Bram Stoker e muitos outros notórios escritores da cultura universal. O livro traz, ao lado dos principais textos desse cânone, outros não menos representativos, porém praticamente desconhecidos, não apenas no Brasil, mas também mundo afora. Exemplo disso são os contos de E. T. A. Hoffmann, de Ernst Raupach, de Leopold von Sacher-Masoch e de Luigi Capuana; os significativos excertos da pesquisa de dom Calmet, da prosa poética de Prosper Meerimée e da peça de Charles Nodier, que catapultou o vampiro como um ícone insubstituível da cultura de massas – todos eles inéditos no Brasil.


 A leitura possibilita muito mais do que uma visão panorâmica, ao explorar as proximidades temáticas e a formação de um repertório de lugares-comuns, mas também a enorme diversidade de tratamentos estilísticos e de gêneros literários (dissertação, poesia, teatro, conto, romance etc.) O organizador da obra, Bruno Berlendis de Carvalho, acredita que este estudo será um objeto indispensável nas prateleiras dos aficionados e curiosos, além das bibliotecas, como conta:


“A antologia é formada de amostras: textos que considero seminais para a difusão, o desenvolvimento e a consolidação da figura do vampiro nos círculos literários e artísticos ocidentais. Não por coincidência, muitos de seus autores gozam de razoável a grande notoriedade. Procurei realçar alguns aspectos que perpassam as obras escolhidas em pequenos textos de apresentação a elas. O objetivo dessas considerações não é, de maneira alguma, direcionar o olhar do leitor ou “explicar-lhe” o porquê da obra e seu valor; mas apenas discorrer, um tanto livremente, a respeito de algumas características que parecem ligar uma obra à outra, ou mesmo diferenciá-las. De todo modo, trata-se de uma aproximação que torna essas obras enquanto interlocutoras, ou seja, enquanto pertencentes a um mesmo ambiente de repercussões”.


As traduções seguem a linha de qualidade dos textos escolhidos e foram encomendadas para profissionais de excelência, como o poeta Ferreira Gullar, Leonardo Fróes, Ivo Barroso, Erick Ramalho (Prêmio Fundação Biblioteca Nacional – Melhor tradução de Poesia de 2009) e outros. Todas as traduções são inéditas e vertidas diretamente dos idiomas originais.


Cada texto selecionado é introduzido por uma apresentação simples e objetiva, que remete à biografia de seu autor e o insere em seu contexto de origem. O volume conta ainda com introdução histórica; mapa para localização das regiões citadas; posfacio que explora em profundidade as principais questões envolvidas nesse tipo de literatura, assim como suas possíveis origens folclóricas; bibliografia atualizada e ainda um precioso índice temático remissivo.


Autores selecionados:
Dom Augustin Calmet, Ossenfelder, Bürger, Goethe, Coleridge, Lord Byron, John William Polidori, Charles Nodier, E. T. A. Hoffmann, Ernst Raupach, Mérimée, Gógol, Gautier, James Malcolm Rymer, Heinrich Heine, anônimo, Baudelaire, Joseph Sheridan Le Fanu, Leopold von Sacher-Mascoh, Guy de Maupassant, Bram Stoker e Luigi Capuana.


Fontes para entrevistas:
Bruno Berlendis organizador coleção e editor: editora@berlendis.com ou 11 3085-9583


Dados Técnicos:
Caninos - Antologia do vampiro literário
 Vários autores
Organização de  Bruno Berlendis
ISBN: 978.85.7723-028-0
528 páginas
16 x 23 cm
Capa em papel especial

Valor:R$72,00

Berlendis Editores Ltda.
editora@berlendis.com
Tel: 11 3085-9583
Fax:11 3085-2344


Nicolau Kietzmann
Assessoria de imprensa
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Capa de Caninos – Antologia do Vampiro Literário

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Livro: Paraíba do Sul – História de um Rio Sobrevivente - Valdemir Cunha/Luís Patriani


Paraíba do Sul – História de um Rio Sobrevivente

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O livro traz uma grande reportagem realizada por uma experiente dupla de jornalistas, o fotógrafo Valdemir Cunha e o repórter Luís Patriani. Juntos, percorreram o Rio Paraíba do Sul em toda a sua extensão registrando os diversos ambientes culturais e históricos, a diversidade geográfica e as principais questões ambientais que protagonizam o trajeto do rio. Uma região de grande riqueza histórica e de peso econômico, o eixo Rio-São Paulo foi palco de incursões dos Bandeirantes, do caminho do ouro de Minas Gerais, da lavoura da cana-de-açúcar e do café, da mineração e da crescente industrialização que permanece até hoje.
Todos esses aspectos são explorados no percurso da nascente à foz do rio e ao longo de todo o vale. Nesse trabalho, algumas revelações são consolidadas com precisão - as questões ambientais trazidas pela ocupação urbana e industrialização do vale e os personagens e fatos determinantes de uma cultura permanente. As obras complexas que transformaram a fisionomia da região e, acima de tudo, do Rio Paraíba, que resiste a todo tipo de percalço.
O livro apresenta um mapa para o leitor acompanhar o trajeto do rio que nasce em São Paulo e desemboca no Atlântico, ao norte do Rio de Janeiro como conta o Luis “Antes da viagem, tentamos buscar referências para nos pautar e encontramos pouco material sobre essa região tão rica. Um espaço aberto principalmente para a cultura popular. Descobri que o Paraíba é, ao longo de sua extensão, um provedor histórico de água, abastecendo um conjunto de cidades cuja soma total da população chega a 9 milhões de pessoas. Além disso, atravessa uma região com tradições enraizadas desde os seus primeiros moradores e produziu assim uma identidade orgulhosamente sustentada pela população da região”.
Para o fotógrafo Valdeir Cunha a beleza da região impressiona por sua pluralidade de paisagens naturais, arquitetura, história e das figuras humanas, o que rendeu belas imagens e o livro vem cautelar a lacuna da falta de registro da região. Curiosamente Luis e Valdemir estiveram em São Luis do Paraitinga uma semana antes da tragédia que destruiu grande parte da parte histórica da cidade:
 “Eu estava registrando as atividades de rafting e fiz as fotos da cidade. Depois acompanhamos tudo pela televisão, as imagens eram impressionantes. Nós também sofremos no deslocamento pela região devido às estradas interditadas pela queda de barreiras e deslizamento de terra provocados pela chuva”, conta Valdemir.
Ambientalismo
O livro ao mesmo tempo tem a missão de registrar as mudanças causadas pelo desenvolvimento populacional e industrial no entorno do Rio Paraíba do Sul.  Em seu trajeto, ocorre a maior transposição do Brasil — a do Rio Gandu, que desloca três quartos do seu volume de água para abastecer o município do Rio de Janeiro e no Paraíba do Sul ainda se forma a segunda maior lagoa natural de água doce do Brasil, com 370 km2.   Além de desembocar no mar formando um delta, fenômeno geográfico que ocorre, em território brasileiro, somente com outro rio famoso, o Parnaíba, entre o Maranhão e o Piauí.
As histórias passam por desastres ambientais, pela transformação da vida daqueles que dependem da pesca  e pelo impacto que a Via Dutra provocou  na paisagem da região:
“Umas das partes mais bonitas é a foz do Rio Paraíba do Sul, quando entra em contato com o mar. Mas é visível o que transformação humana faz: o mar está invadindo a Vila Atafona” afirma Valdemir. Após 1200 km de percurso, as águas vêm perdendo o fôlego de vazão por inúmeras transposições, barragens e assoreamentos, permitindo assim que o mar avance sobre a linha original da costa. Luis completa: “Esse trabalho mostra que é necessário um cuidado com a preservação, pois nem todos os danos são reversíveis”.
Patrocínio: MAN – Volkswagen Caminhões e Ônibus e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Luís Patriani - (11) 9810-0795  luis_gervino1@hotmail.com
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Pratica o jornalismo de viagens e meio ambiente no melhor estilo de reportagens presenciais desde 2006. Colaborador de várias revistas do setor é um investigador dedicado, que não mede esforços para vencer os desafios da informação – como voar de balão ou se embrenhar nos lugares mais remotos do país. Já trabalhou ou colaborou nas revistas: Terra, Próxima Viagem, Trip, Veja São Paulo, Lonely Planet, Mitsubishi, Revista da Gol, entre outras.
 
Valdemir Cunha - 11 3645-0301 valdemircunha@editoraorigem.com.br
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Começou na fotografia em 1986, tendo passado pela Folha de S. Paulo, Folha da Tarde (atual Agora) e Diário do Grande ABC. Colaborou para a revista Caminhos da Terra (Abril) e trabalhou durante seis anos na Editora Abril, como editor de fotografia da Terra e Viagem & Turismo. Viajou por mais de 80 países captando imagens para diversos títulos da editora. Conquistou várias premiações de fotografia, entre elas três prêmios Abril. De 2001 a 2009 foi editor executivo na Editora Peixes e hoje mantém trabalhos fotográficos no site: www.valdemircunha.com.br

Autores: Luís Patriani (texto), Valdemir Cunha (fotografia / Ilustrações).
Assunto: Meio Ambiente, Comunicação, Fotografia.
Preço: R$ 89,00

FICHA TÉCNICA
ISBN: 978-85-88031-28-9
Paraíba do Sul: história de um rio sobrevivente.
Idioma: Português
Formato: 23 x 30 cm - 2010 – 132 páginas.
82 Fotografias e Ilustrações



Nicolau Kietzmann Goldemberg
DGNK Assessoria de imprensa
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Imagens Paraíba do Sul História de um Rio Sobrevivente

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A assessoria disponibiliza as imagens em tamanho maior.
Créditos: Waldemir da Cunha





quinta-feira, 16 de setembro de 2010

31 anos criando com qualidade - Berlendis & Vertecchia Editores lança loja virtual e catálogo digital

31 anos criando com qualidade

Berlendis & Vertecchia Editores lança loja virtual e catálogo digital

Em 1979, a jornalista ítalo-brasileira Donatella Berlendis cria um novo rumo para os livros infanto-juvenis, almejando levar textos, ilustrações e edições primorosas para o mercado editorial. No mesmo ano lançou Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, cujo projeto gráfico inovador foi reconhecido internacionalmente, impulsionando um grande sucesso de vendas. Passados 31 anos, a editora Berlendis & Vertecchia não só continuou e ampliou esse padrão, como agora disponibiliza seu catálogo e a sua loja virtual (www.berlendis.com).

A coleção de bons autores só estava começando. A editora possui em seus títulos os escritores e ilustradores Jorge Amado e Cariybé, Ziraldo, Moacir Scliar, Lasar Segall, Fernando Sabino, Tomie Ohtake, Alfredo Volpi, Umberto Eco e Eugenio Carmi, Oscar Wilde, Lisbeth Zwerger, Carcamo, Rudyard Kipling, Leonardo da Vinci, Gustave Flaubert, entre outros.

Hoje Bruno Berlendis está a frente dos negócios e norteia rumo editorial. Atuando como diretor desde a década de 1990, vê que a virtude da empresa é o capricho e a atenção dispensada a cada detalhe das obras, o grande diferencial para a aceitação do público leitor que tem refletido em significativas adoções de bibliotecas públicas e particulares, como conta:

“Nossa preocupação – ou melhor, nosso prazer – é com a qualidade, seja ela literária, gráfica, artística. Esse é o foco que norteia todos os nossos esforços. É por isso, acredito, que conseguimos manter uma identidade coerente, mesmo abrindo novas linhas editoriais.”

Com mesmo interesse em se aperfeiçoar, desenvolveu trabalhos de adaptação e de tradução, no ano de 2002 ganhou o Prêmio Nacional para Tradução do Ministério da Cultura da Itália – que contempla os melhores trabalhos de divulgação literaria italiana no mundo –, com a edição e tradução de mais de 30 volumes da coleção Letras Italianas (romances e contos). Seu último trabalho, que será lançado no mês de setembro, reúne textos seminais numa antologia de clássicos sobre vampiros, que inclui traduções diretas de Goethe, Coleridge, Lord Byron, Baudelaire, com traduções de Ferreira Gullar, Ivo Barroso entre diversos outros.

Editora Berlendis & Vertecchia

Tel: 11 3085-9583

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Fontes para entrevistas:

Bruno Berlendis: editora@berlendis.com ou 11 3085-9583

Nicolau Kietzmann

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Autora Deborah Goldemberg comemora três anos do blog www.ressurgenciaicamiaba.blogspot.com


Autora Deborah Goldemberg comemora três anos do blog

www.ressurgenciaicamiaba.blogspot.com


Há três anos, a escritora Deborah Goldemberg lançou o seu blog Ressurgência Icamiaba (www.ressurgenciaicamiaba.blogspot.com) quando ainda não tinha tempo e energia para investir em sua carreira de escritora, já que o trabalho no Banco Mundial tomava todo o seu tempo entre a rotina e as viagens:



“O blog proporcionou um espaço para mostrar minhas crônicas, poemas e alguns pensamentos, me obrigou a desenvolver uma rotina para organizar textos e idéias, inicialmente para os amigos e depois para pessoas desconhecidas”. Afirma a escritora.



Com dois livros publicados: Ressurgência Icamiaba, Ed. Annablume e O Fervo da Terra, Ed. Carlini & Caniato, Deborah se orgulha da iniciativa digital que a ajudou a “sair da gaveta”, publicar em papel e divulgar seu trabalho. Em 2009, participou da competição internacional de blogueiros em Copenhague organizado European Journalism Center, Dinamarca, a partir do convite que recebeu no blog para ser colaboradora do site GVO (Global Voices Online), um projeto desenvolvido pela universidade de Harvard.


Para comemorar os três anos, atualizou o visual do blog, que hoje serve para novos propósitos:


“No início, era um blog de textos literários. Agora é também um meio de divulgação do meu trabalho e uma forma das pessoas acompanharem os eventos literários do qual participo em várias Estados do Brasil”.


Deborah Goldemberg é curadora do Sarau das Poéticas Indígenas na Casa das Rosas há dois anos, participou da oficina literária da FLIP 2010, Paraty, recentemente foi convidada da Quarta-literária evento da Livraria Valer sobre Rachel de Queiroz, em Manaus. Com O Fervo da Terra, participou de eventos na Feira do Livro de Porto Alegre, RS, e na Feira do Livro Indígena do Mato Grosso, MT, do Sarau da Casa e Sarau Quinta Poética na Casa das Rosas, SP, e publicou em coletânea da Academia Niteroiense de Letras, RJ.


Noite de autógrafos Ressurgência Icamiaba: Quinta-feira, dia 19, na 21ª Bienal do Livro de SP, às 20hs, no Estande 155 (Multifoco).


Deborah Goldemberg, paulistana, é formada em antropologia pela London School of Economics. Atua na área de desenvolvimento sustentável há 14 anos em grande parte no nordeste e norte do Brasil, tendo trabalhado na ONU e Banco Mundial. Desde 2007, se dedica à literatura e eventos literários.


Contatos: 11-99540982 /debbiegoldemberg@yahoo.com.br


Nicolau Kietzmann Goldemberg

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tristão e Isolda Coleção Os Meus Clássicos - Editora Berlendis & Vertecchia


Tristão e Isolda
Coleção Os Meus Clássicos
A clássica história presente na literatura, na dramaturgia e no cinema ganha nova edição para os jovens apreciadores da leitura. Mais um grande ícone das letras da coleção Os Meus Clássicos, a lenda de origem celta data de antes do século XII, quando foi escrita pela primeira vez. A nova edição agrega uma linguagem simples, mas inteligente, recheada de muita aventura e romance, o que faz com que o jovem se apaixone pelas peripécias de Tristão e da princesa Isolda, do começo ao fim.
Para recontar a história do amor impossível, a autora Helena Gomes – já conhecida do público juvenil, é jornalista e professora universitária – realizou uma longa pesquisa e, para cativar os leitores, dedicou grande atenção à composição dos personagens:
“Não adianta a Isolda e Tristão serem lindos e encantadores. Na minha versão eles têm que ‘suar a camisa’ para serem heróis. Nas versões comuns, Tristão mata rapidamente o dragão e pronto; no nosso texto, ele briga bastante e o dragão ataca o castelo, fazendo uma enorme bagunça. Explorei Isolda como uma descendente de fadas e ressaltei o mistério e o dom da magia. Além de ela ser uma princesa linda e encantadora, e onde chegasse todos paravam olhar, provocando aquela emoção que o leitor jovial tanto procura”.
A leitora Carla Yanagiura, 14 anos, é privilegiada. Filha da autora, tem acesso ao texto original antes mesmo de ir para a gráfica e, quando perguntada sobre a qualidade do livro, não tem dúvidas: “Claro que eu gostei. A história é boa, a narrativa é envolvente, e os personagens são ótimos. Você dá risada em algumas partes e quase chora no final", afirma a adolescente.
A coleção Os Meus Clássicos oferece aos jovens leitores adaptações e traduções criteriosas de grandes livros da literatura universal. Parte-se sempre de bons originais, apoiados por comentários críticos, para recolher toda informação que possa cativar o leitor e explicar-lhe o contexto das obras: a autoria, o momento histórico, as realidades sociais. Como conta Bruno Berlendis, editor da coleção:
“No caso de Tristão e Isolda – a grande história de amor da Idade Média –, o interessante é que não há um autor, mas diversos, cada um com seu tratamento para a lenda celta: Gottfried de Estrasburgo, Marie de France, Béroul e outros mais. Helena Gomes soube recolher elementos para compor uma narrativa ágil, quase cinematográfica, que prende a atenção do jovem, ao mesmo tempo em que recupera as características dos relatos originais".
Ficha técnica:
Editora Berlendis & Vertecchia
Páginas: 232
ISBN: 978-85-7723-027-3
Valor: R$ 39
Autora: Helena Gomes
Ilustração:Renato Alarcão
Editora Berlendis & Vertecchia
Tel: 11 3085-9583
www.berlendis.com
Fontes para entrevistas:
Bruno Berlendis organizador coleção e editor: editora@berlendis.com ou 11 3085-9583
Helena Gomes (autora) e Carla Yanagiura (leitora juvenil): hakio@uol.com.br
Helena Gomes:
É jornalista desde 1988. Atuou como repórter, diagramadora e editora no jornal A Tribuna, nas áreas de Local, Cidades, Artes, Internacional, Educação e Saúde. Foi responsável pelo suplemento infantil A Tribuninha. Atualmente, trabalha para a Z Consultoria e é professora universitária, com especialização em Educação e Educação a Distância. Também ministra cursos, palestras e oficinas sobre o processo de criação de histórias.
Autora dos livros de ficção Assassinato na Biblioteca (Rocco, 2008), Lobo Alpha (Rocco, 2006), Kimaera (Jambô, 2009), O Arqueiro e a Feiticeira (Devir, 2003), Aliança dos Povos (Idea, 2007) e Despertar do Dragão (Idea, 2008) - estes três da saga A Caverna de Cristais. Escreveu ainda Código Criatura (seqüência de Lobo Alpha, Rocco, 2009) e o infantil Nanquim (Paulinas, 2008), entre outros.
É co-organizadora, com o escritor Claudio Brites, da antologia de contos medievais Anno Domini (Andross, 2008). Participa das antologias O Livro Negro dos Vampiros (Andross, 2007) e Ficção de Polpa, volume 3 (Não Editora, 2009).
Coleção: Os Meus Clássicos:
Fábulas e alegorias - Leonardo da Vinci
O fantasma de Canterville – Oscar Wilde
Ilíada – Homero
O livro da selva – Rudyard Kipling
O Ramayana

Nicolau Kietzmann
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Capa e Ilustação do livro Tristão e Isolda

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Agente Literário - Alessandra Pires

O Agente Literário

Alessandra Pires - Clique para baixar em alta resolução



As funções e o papel de um agente literário

Com mais de 60 livros publicados em editoras nacionais e internacionais, a agente literária Alessandra Pires, que há mais de 14 anos atua no mercado literário, com passagem em editoras e na CBL - Câmara Brasileira do Livro e conhecendo de perto as reais necessidades desse quase impermeável mercado, comemora sete anos de atuação da empresa O Agente Literário, serviço ainda desconhecido para grande parte dos autores.

Com um sólido conhecimento e estreito relacionamento no mercado, apresenta o original do autor às editoras que possuem o perfil editorial adequado à obra, aumenta assim a chance de publicação e de sucesso de vendas.

A empresa presta serviços que sugerem alguns retoques no texto para que o original se encaixe a um certo perfil editorial. A equipe de colaboradores qualificados são selecionados por experiência e vivencia de mercado editorial e a empresa cuida da negociação dos direitos autorais, contratos de edição, acompanhamento de vendas e dicas de divulgação:

"O autor iniciante quando escreve uma obra, está distante da realidade do mercado e às vezes ele mesmo tem que bancar sua própria edição. Nós temos uma equipe de colaboradores que facilita todo esse processo. Muitos dos livros que consegui publicar foram antes ajustados dentro das exigências e expectativas editoriais, pois muitos escritores não têm uma noção clara do gênero e sua função como produto literário", afirma Alessandra Pires.

Em um escasso mercado de profissionais com esse perfil, a grande maioria descobre o agenciamento literário graças ao site oagenteliterario.com.br onde disponibiliza vários serviços para o autor, que abrange desde a leitura crítica de uma obra à divulgação da mesma após lançada. Esse modelo de negócio só foi possível depois de muita experiência internacional da agente angariada na Frankfurt Book Fair e na Feria Internacional del Libro de Guadalajara.

O Agente Literário trabalha com todos os gêneros literários, de acordo com a demanda e tendência do mercado atual e com autores também iniciantes. Seus autores estão publicados por editoras como, Rocco, DCL, WMF Martins Fontes, Planeta, Matrix, Alaúde, Paulinas, Record, Best Seller, Roca, Peirópolis, Cortez, Panda Books, Berledis & Vecchia e Summus.


O Agente Literário


Email: info@oagenteliterario.com.br


Tel: 11 3675-8347


www.oagenteliterario.com.br

Conheça a Alessandra Pires.

Com passagem por editoras do Brasil, sempre atuando na área de Marketing, Trabalhou na Editora Best Seller e na Editora Gente. Experiência também no varejo, atuando como Gerente de Produto do departamento de livros de uma importante loja virtual e também de uma distribuidora de livros.

Durante dois anos foi Gerente de Marketing da Câmara Brasileira do Livro, onde conheceu de perto as reais necessidades do mercado e dos autores. Foi responsável pela exposição brasileira nas principais Feiras Internacionais do Livro, a Frankfurt Book Fair e a Feria Internacional del Libro de Guadalajara, além da organização do maior prêmio literário brasileiro, o Prêmio Jabuti. Também teve participação nas principais “Bienais” e feiras de livro no Brasil e no exterior, desenvolvendo assim um ótimo networking no setor.

Cursou faculdade de Comunicação Social - Publicidade e pós-graduação em Marketing

Conheça alguns serviços prestados:

Agenciamento Literário

Fazemos a ponte entre o autor e a editora, ou seja, buscamos a editora adequada ao perfil da obra e do autor que aceitamos representar.

Providenciamos o envio dos originais para as editoras e monitoramos o andamento de todo o processo até a contratação da obra, como também assessoramos juridicamente no momento da assinatura do contrato de edição.

Leitura Crítica

Analisamos a obra já escrita, ou seja, a mesma passará por uma avaliação de um profissional e fornecemos um relatório de leitura crítica sobre o texto, serão observadas as técnicas da narrativa, a oralidade, adequação ao público-leitor, criatividade e potencial de publicação. Serão apontados os pontos e fracos e fortes da obra, além de comentários do leitor crítico e sugestões de forma geral. Esse profissional é o mesmo contratado pelas editoras para leitura e avaliação dos originais recebidos, o parecerista crítico.

Coaching Literário (personal publisher)

Após uma avaliação prévia da obra, orientamos o autor a desenvolver seu livro conforme as exigências do mercado, ou mesmo sugestões apontadas no relatório de leitura crítica. Neste caso a redação da obra é de responsabilidade do autor, ele apenas será assessorado no decorrer do desenvolvimento, ou ajuste, do seu livro.

Assessoria Editorial

Auxiliamos o autor no aperfeiçoamento de seu texto, bem como na criação de uma obra literária. O livro pode estar ainda em fase inicial, ou apenas em projeto, como também poderá estar finalizado e necessitando de um trabalho de edição (preparação de texto), ou até mesmo de um ghost writer. Para isso, há necessidade de uma avaliação prévia da obra ou do projeto editorial.

Divulgação / Assessoria de Imprensa

Desenvolvemos a estratégia para divulgar o livro (publicado) e o autor na mídia jornalística, como fontes de informação. O serviço permite construir a imagem do escritor, buscando espaços de entrevistas e reportagens. A partir do tema do livro, tratamos da sistematização do envio de textos informativos e sugestões de abordagem do assunto. Tudo isso direcionado aos veículos e jornalistas realmente ligados à temática e, assim, atingindo o leitor alvo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Capa do livro Salomé - Oscar Wilde/tradução do Francês - Berlendis & Vertecchia

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Lanç. livro da peça Salomé - Oscar Wilde/tradução do Francês - Berlendis & Vertecchia

Salomé de Oscar Wilde
Tradução do original em francês
O poema dramático Salomé, de Oscar Wilde, destaca-se pela intensa carga simbólica. A peça foi escrita em 1891, no seu melhor momento de produção literária. Escrito inicialmente em Francês e depois traduzido para o Inglês, o texto passou por sérias emendas que geraram críticas do próprio Wilde, que julgou o resultado decepcionante. A edição da editora Berlendis & Vertecchia vem com crivo do tradutor Ivo Barroso, que afirma ser esta, possivelmente, a primeira no Brasil o escritor, dramaturgo e poeta que Salomé é traduzida direto do original em língua francesa. Como conta o editor Bruno Berlendis:
“Por que editar Salomé? Por que do francês? Essa segunda pergunta mal se formula para nós, na Berlendis & Vertecchia: trabalhamos sempre com traduções diretas. O caso de Salomé é particularmente ilustrativo, pois as divulgadas versões inglesas perpretaram incorreções e interpretações um tanto ’particulares’ para a obra. Aliás: hoje em dia, nem tão divulgadas assim. Um tanto inexplicavelmente, a peça de Wilde parecia amargar uma espécie de indevido ostracismo. Não apenas no Brasil, são raras, atualmente, as edições críticas ou comentadas. É preciso fazer justiça à peça; é preciso devolver-lhe o devido lugar na dramaturgia e na literatura do fin-de-siècle. Esse é o nosso esforço e nossa motivação: prover condições para que o público, a crítica e o meio teatral possam julgar a obra de Wilde segundo seus próprios parâmetros”.
O livro não só traz história princesa Salomé que dança sobre o sangue para o tetrarca Herodes Antipas, para assim conseguir a cabeça de Iokanaan (João Batista), mas também textos explicativos comparando as traduções em inglês e o francês, curiosidades como os originais bíblicos que fundamentaram a peça, além de trechos relacionados de Fagundes Varela, Gustave Flaubert e Eugênio de Castro. O tradutor teve o cuidado para que a peça não perdesse a sonoridade e ainda fosse usada para ser encenada:
“A dificuldade que qualquer outro tradutor teria seria o tratamento. Se você tentar traduzir direto o vous da peça de teatro, o texto servirá para ser lida e não para ser encenada, pois o vós já caiu totalmente do ouvido brasileiro, não falamos mais vós em hipótese alguma. Quando as pessoas se tratam em nível respeitoso, essa linguagem tem que ser respeitosa, e quando é íntimo deve ser íntima, daí eu ter usado nos diálogos do tetrarca com a princesa o tu impreterivelmente. Quem estiver na plateia vai entender perfeitamente, às vezes o tetrarca mistura o tratamento na mesma frase, passa logo para o tu e depois para o você se dirigindo a Isolda.
Outro trecho em que o empregado trataria a princesa Isolda em francês, ele resolve usando o vous, vous, vous... Eu usei, por exemplo, ‘a princesa vai’, uma forma inteligente que os portugueses usam, pois é elegante e não usa o pronome, ou seja, possui momentos de profunda poesia sem pode deixar de ser teatral”.

Para que o leitor entre no clima, também foram selecionadas 16 pinturas relevantes que demonstram os diversos tratamentos artísticos do tema, assim como sua longevidade. As ilustrações vão do século XV ao século XX e incluem reproduções de obras de Rogier van der Weyden, Caravaggio, Ticiano, Jean Benner, Oscar Kokoschka, Frans Stuck, Gustav Klimt, entre outros. Três delas estão reservadas para o pintor Gustave Moreau, cuja obra deflagra o drama, como se vê na série que contém Salomé dansant devant Hérode e L’Apparition, pintadas por volta de 1876.

Ficha técnica:
Editora Berlendis & Vertecchia
Tradução de Ivo Barroso
Páginas: 96
Formato:14X21
ISBN: 978-85-7723-025-9
Valor: R$ 32,00
Editora Berlendis & Vertecchia
Tel:  11 3085-9583
www.berlendis.com
Sobre IVO BARROSO
E-mail: ivo.barroso@infolink.com.br
Ivo Barroso, mineiro, nascido em 1929, mudou-se para o Rio de Janeiro, estudou línguas e literaturas neolatinasna Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro e formou-se em direito pela então Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara é autor de cerca de 40 livros, a maior parte dos quais de traduções de grandes autores: Hermann Hesse, André Malraux, Umberto Eco, Italo Svevo, Marguerite Yourcenar, Georges Perec, André Breton, August Strindberg, etc.Em poesia, traduziu: William Sghakespeare, Eugenio Montale, T.S. Eliot e Erik-Axel Karfeld – além da obra completa de Rimbaud. Organizou a edição da obra de Baudelaire para a Lacerda Editores.De sua lavra, o ensaio: O Corvo e suas traduções (2000)  e o livro de versos A Caça Virtual e outros poemas (2001). Membro do Pen Club e Chevalier des Arts et des Lettres. Seu conto Roteiro Turístico foi publicado em francês na revista Caravanes-8 (Phébus, 2003) em tradução de Didier Lamaison.
Nicolau Kietzmann
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quarta-feira, 7 de abril de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

II Sarau das Poéticas Indígenas 24/04/2010


II Sarau das Poéticas Indígenas


O sucesso da primeira edição do Sarau das Poéticas Indígenas nas Casas das Rosas em 2009 garantiu a continuidade do evento e a segunda edição terá como tema a Amazônia. Serão apresentados índios das três etnias que participaram do levante popular denominado Cabanagem no Século XIX: os Munduruku, os Mura e os Mawê. Em 2010, ao completarem 170 anos do fim dos combates cabanos, a cidade de São Paulo terá a oportunidade de conhecer as vozes, os gestos e os cantos revolucionários da floresta.

Participarão do Sarau o poeta Daniel Munduruku, que encabeça o movimento brasileiro da literatura indígena, Carlos Tiago, um jovem poeta Saterê Mawê, do Estado do Amazonas e Juju Mura, que fará a dança que herdou das suas gerações passadas, uma lembrança sobrevivente do povo Mura que foi praticamente extinto por serem grandes guerreiros e demonstra que a poética indígena não reside apenas nas palavras. Leandro Mahalem Lima, autor de Rios Vermelhos, uma pesquisa científica (USP) que discorre sobre o tema, reviverá a história dando voz aos cronistas e romancistas que escreveram sobre os rebeldes cabanos, evocando a tradição indianista dos escritores viajantes do Século XIX. A curadora Deborah Goldemberg explica o tema escolhido para o II Sarau:

“Esse ano vamos homenagear esse território tão em pauta, que é a Amazônia, e valorizar a grande importância que os índios tiveram, junto com ribeirinhos e negros escravos e libertos, nesta importante revolução brasileira que segundo historiador Caio Prado Junior é: ‘...um dos mais, senão o mais notável movimento popular do Brasil. É o único em que as camadas mais inferiores da população conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. Apesar de sua desorientação, fica-lhe contudo a glória de ter sido a primeira insurreição popular que passou da simples agitação para uma tomada efetiva de poder’”.

A cabanagem teve inicio 1835 e término em aproximadamente 1840 e teve grande resistência popular. A guerra ganha sua importância porque o movimento insurgiu contra os portugueses e os luso- brasileiros, minoria branca, que detinha o poder no Estado que então era o Grão Pará e chegaram inclusive a expulsar uma almirante Inglês e seus subordinados que tentaram tolher a revolta.

Contato com a curadora:
Deborah Goldemberg (currículo abaixo)
Tel: 11-9954-0982
E-mail: debbiegoldemberg@yahoo.com.br

Para conhecer mais sobre a história cabana:
Leandro Mahalem Lima, Rios Vermelhos, (USP)
lmahaleml@gmail.com
11-3562-2202

II Sarau das Poéticas Indígenas
Casa das Rosas
Data: 24/04/2001
Avenida Paulista, 37 - Zona Sul - (11) 3285-6986/3288-9447

Programação:

15h - Abertura do II Sarau das Poéticas Indígenas
Deborah Goldemberg
A curadora fala sobre proposta conceitual do Sarau das Poéticas Indígenas, do recorte temático de 2010, em homenagem da Cabanagem, e apresenta os participantes.

15:15hs - Introdução à Cabanagem e a literatura sobre a Cabanagem
Leandro Mahalem de Lima
O antropólogo introduz a Cabanagem e lê textos de cronistas e romancistas que escreveram sobre a Cabanagem na tradição dos escritores viajantes do Século XIX.

15:35 - Daniel Munduruku e Carlos Tiago falam sobre a Cabanagem
Daniel Munduruku e Carlos Tiago
O escritor e o poeta apresentam sua obra e lugar de origem, comentam sua relação com os antepassados e com a Cabanagem e inicia-se o recital lítero-musical referente à cabanagem, com prosa e poemas que se vestem da emoção da história para dizer da luta dos cabanos, homens que acreditaram em um ideal, que lutaram contra a injustiça, que sonharam com esperança.

16:15 - Juju Mura dança a memória dos Mura
Juju Mura
Descendente dos Mura, Juju apresenta uma dança do universo lúdico dos Mura, que aprendeu com sua avó na infância amazônica. A memória do significado da dança foi varrida pelo tempo e a opressão, mas a força do movimento ancestral e a pintura corporal não. Altamente impactados pelo contato, vê-se nesta apresentação a capacidade de resistência e adaptação dos Mura.

16:55 – Daniel Munduruku e Carlos Tiago, prosa e poesia.
Daniel Munduruku e Carlos Tiago
Prossegue o recital lítero-musical com mais prosa e poemas pintados pela poesia da floresta, o murmúrio dos rios, do canto dos pássaros da vida que nasce no coração denso da floresta.

17:35 – Últimas reflexões sobre história e literatura Cabana.
Leandro Mahalem de Lima
O antropólogo faz suas reflexões finais sobre o tema da Cabanagem e lê textos literários contemporâneos, de cunho indianista, sobre a Cabanagem.

17:55 – Aberto para perguntas do público

Currículos:

- Deborah Goldemberg: nasceu em São Paulo é antropóloga e escritora. Estudou na London School of Economics e trabalha com desenvolvimento sustentável no Norte e Nordeste do Brasil. Estreou na literatura com Ressurgência Icamiaba (2009) e no mesmo ano lançou O Fervo da Terra (Ed. Carlini & Caniato, 2009). É curadora do Sarau das Poéticas Indígenas da Casa das Rosas, em São Paulo, e agitadora da literatura transbrasileira. Mantém o blog http://ressurgenciaicamiaba.blogspot.com

- Daniel Munduruku: nascido no Pará, Daniel é graduado em filosofia, doutorando da Universidade de São Paulo e presidente do INBRAPI, Instituto Indígena Brasileiro para a Propriedade Intelectual. Líder do movimento da literatura indígena no Brasil, ele tem dezenas de livros publicados de traduzidos para outras línguas. Mantém o blog http://danielmunduruku.blogspot.com

- Carlos Tiago: é natural de Barreirinha, Estado do Amazonas. É formado em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Amazonas e é poeta. É autor dos livros Águas do Andirá (poesia), Petrópolis e a Cidade de Pedro (história), A Quinta Estação (antologia poética) e Antopologia Poética dos Escritores Indígenas. Foi um dos vencedores do Prêmio Valores da Terra, da Prefeitura de Manaus (2002), do Prêmio Historiador Mário Ypiranga Monteiro (2008), da Academia Amazonense de letras. É fundador do CLAM - Clube Literário do Amazonas. Atualmente mora em Barreirinha ocupa o cargo de Subsecretário de cultura Turismo e Meio Ambiente.

- Juju Mura: descendente dos Mura, Juju nasceu no Amazonas, e veio para São Paulo em 2001, onde formou-se em pedagogia na FAAC, fez docência de ensino superior. É professora e divulga a cultura indígena em Cotia-SP. Sua expressão poética abrange a dança, o canto e o grafismo.

- Leandro Mahalem de Lima: antropólogo, mestre pela Universidade de São Paulo e pesquisador do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo (NHII-USO), realizou pesquisa de mestrado sobre os lugares dos índios na Cabanagem intitulada: Rios Vermelhos, Perspectivas e Posições de sujeito em torno da noção de cabano na Amazônia em meados de 1835.

Nicolau Kietzmann
Assessoria de imprensa (curadoria)
nicolau@dgnk.com.br
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segunda-feira, 15 de março de 2010

Antes que os vaga-lumes desapareçam

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Antes que os vaga-lumes desapareçam

O 27 de março, entre 20,30 e 21,30, o WWF convida todo mundo a apagar as luzes por uma hora, para testemunhar nossa preocupação com o aquecimento global e com a perda da biodiversidade. O ano passado mais de um bilhão de pessoas apagou a luz em 88 países e mais de quatro mil cidades apagaram a luz dos principais monumentos, como o Coliseu, em Roma, a Torre Eiffel, em Paris, o Golden Gate em Los Angeles, e no Rio de Janeiro, o Cristo Redentor. Corretamente o WWF lembra que a geração elétrica para a iluminação pública representa uma contribuição pesada às emissões dos gases efeito estufa, que são causa do aquecimento global e da perda da biodiversidade.

A editora Annablume não podia escolher data mais apropriada para o lançamento do livro de Alessandro Barghini; “Antes que os vagalumes desapareçam”, livro resultado de uma tese de doutorado defendida do Instituto de Biociências da USP, e publicado com o apoio da FAPESP.
De fato o livro, partindo da metáfora dos vagalumes, cuja reprodução é afetada negativamente pelo uso crescente da iluminação externa, realiza uma análise ampla dos efeitos que a iluminação artificial está gerando na biosfera.

O caso dos vagalumes é curioso, como escreve Barghini: “Em 1° de fevereiro de 1975 o escritor e diretor de cinema italiano Píer Paolo Pasolini (1975) publicava no maior diário italiano Il Corriere della Sera, o artigo “O vazio do poder”, que ganhou notoriedade imediata, ficando famoso como o ensaio sobre os vaga-lumes. O artigo começa com as seguintes palavras: “No começo dos anos 1960, por causa da poluição do ar e, principalmente no campo, por causa da poluição da água os vaga-lume começaram a desaparecer. O fenômeno foi fulminante e fulgurante. Após poucos anos os vagalumes não existiam mais.”

Sem sabê-lo, Pasolini, estava apontando o efeito da difusão massiva da iluminação artificial sobre a vida silvestre. De fato a explicação mais provável para o desaparecimento dos vaga-lumes não é a poluição do ar ou das águas, mas provavelmente o início da difusão da iluminação pública ocorrida na época na Itália devido ao crescimento econômico e à introdução de novos sistemas de iluminação pública com lâmpadas a descarga, muito mais eficientes que as lâmpadas incandescentes, utilizadas até aquele momento. A razão do desaparecimento é simples: o lampejo dos vaga-lumes é uma forma de atrair o parceiro para o acasalamento, mas a radiação por eles emitida é muito tênue.

Portanto, para ser percebida pelo potencial parceiro é necessário que a iluminação ambiente seja inferior a 0,5 lux e o aumento da iluminação pública ultrapassa esses valores. Por uma economia de recursos, os vaga-lumes não emitem radiação quando o nível de iluminação ambiente é superior a 0,5 lux. Com a iluminação pública que estava se espalhando pelo país, os vaga-lumes acabaram reduzindo o número de acasalamentos e a população definhou.”

Esse é apenas um exemplo dos múltiplos impactos que o uso não controlado da iluminação exerce sobre o mundo vivente. Afinal a vida evoluiu, durante mais de três bilhões e meios de anos, em uma alternância de períodos de luminosidade e de escuridão e a biota se estruturou nessa alternância, utilizando bandas específicas da radiação solar. A iluminação artificial não controlada, quebrando a alternância de claridade e obscuro, afeta em diferentes modos, os seres viventes. Por exemplo, afeta a foto morfogênese das plantas, reduz a capacidade de reprodução das tartarugas marinhas, desorienta aves migratórias e quebra o ecossistema de mamíferos noturnos.
Barghini, em sua pesquisa, demonstrou também que a atração de insetos vetores de doenças pela iluminação artificial aumenta o risco de difusão de doenças transmitida pelos insetos, como a malária, o mal de Chagas e a leishmaniose.

Apesar dos benefícios proporcionados ao homem, a iluminação artificial não controlada pode ser fonte de distúrbio do sono, de iper excitação e pode favorecer a instauração de doenças degenerativas, como o câncer de mama.

Todos esses temas são abordados no livro, percorrendo um longo caminho que, iniciando com a análise da radiação natural do sol, passa a analisar a radiação artificial das lâmpadas hoje utilizadas, mostrando de que forma os diferentes comprimentos de onda exercem sua influência sobre plantas, insetos e vertebrados. O tema é altamente interdisciplinar, mas como comenta o entomólogo Sergio Vanin, na introdução do livro, o autor “é um raro exemplo de pesquisador dotado de conhecimentos multidisciplinares e que consegue transitar com desenvoltura e segurança nas áreas das ciências exatas, biológicas e sociais.”

Por essas considerações, o livro é sem dúvida a leitura mais apropriada para preparar-se à “Hora do planeta”. Então, dia 27 de março, entre 20,30 e 21,30, vamos apagara as luzes, e durante esse período vamos refletir sobre a radiação artificial e seus efeitos perversos sobre a biosfera, nos propondo um uso mais consciente desse grande benefício que a técnica nos fornece.

Artigo - Alessandro Barghini: Antes que os vaga-lumes desapareçam

Por favor apaguem a luz: Antes que os vaga-lumes desapareçam

Como quer a tradição, esse ano também o World Wildlife Fund (WWF) lança, para o final de março, o evento “A hora do planeta”: o dia 27 entre às 20h 30 e às 21h30 somos convidados a apagar as luzes para mostrar nossa preocupação com o aquecimento global e a perda da biodiversidade.

Justamente o WWF lembra que a geração de energia elétrica necessária à iluminação artificial é responsável por uma importante contribuição na emissão dos gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global e por dano as biodiversidades. O ano passado, na ocasião do evento, mais de um bilhão de pessoas aderiram e apagaram a luz em 88 países, e mais de quatro mil cidades apagaram por uma hora os seus principais monumentos públicos, como o Coliseu, em Roma, a torre Eiffel em Paris, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro e a ponte Golden Gate, em Los Angeles. Esse ano o embaixador do evento é a simpática ursa panda Mei Lan. Então gostaria lançar uma proposta: vamos mudar de embaixador, e no lugar da panda, vamos escolher um vagalume, por uma boa razão: os vaga-lumes, diferente dos pandas, são diretamente afetados pela iluminação artificial.

Em fevereiro de 1975 o diretor de cinema e escritor Pier Paolo Pasolini publicava no principal periódico Italiano “Il Corriere Della Sera” um artigo, “O vazio do poder”, no qual comentava a sucessão do fascismo com os fascismos, que estavam destruindo o ambiente do país. Estava publicado:

...“no começo dos anos sessenta, a causa da poluição do ar e, principalmente, nos campos, a causa da poluição das águas começaram a sumir os vagalumes. O fenômeno foi repentino. Em poucos anos os vaga-lumes não existiam mais”.

Sem saber, Pasolini era um dos primeiros a chamar a atenção sobre um dos efeitos mais deletérios que a difusão da poluição luminosa estava sendo gerado na biosfera. O brilhar dos vagalumes é um mecanismo de comunicação da espécie: as fêmeas, com o piscar da luz, atraem os parceiros para o acasalamento. Mas sensíveis ao problema da “poupança” energética, os vaga-lumes começam a lampejar apenas quando a iluminação ambiente é inferior a 0,5 lux, a luminosidade ambiente de uma noite com lua cheia. O problema dos vagalumes era que, com o desenvolvimento econômico estava aumentando a iluminação pública e os vaga-lumes não emitiam mais a luz e paravam de se reproduzir.

Se o problema da poluição luminosa fosse apenas limitado aos vaga-lumes, poderíamos falar: Paciência! Mas hoje as pesquisas científicas mostram que o excesso de iluminação artificial gera efeitos perversos sobre o meio ambiente. Desorienta a navegação das aves migratórias, reduz a capacidade de reprodução das tartarugas marinhas, dos sapos, cria barreiras ao deslocamento de mamíferos noturnos. Efeitos ainda mais graves a iluminação artificial excessiva gera com a quebra dos ritmos circadianos, nas plantas e nos animais. O homem também, que é a única espécie que traz vantagem da iluminação artificial, pode ser afetado negativamente por um excesso de iluminação, com a quebra dos ritmos circadianos. Existem até indícios que o uso excessivo de iluminação artificial pode contribuir a difusão de doenças degenerativas, com o câncer da mama.

Outro perigo apontado sobre o uso excessivo da iluminação artificial é o fenômeno da atração de insetos vetores de doenças. Está comprovado que um uso inadequado da iluminação artificial pode contribuir com a difusão de doenças como o mal de Chagas, a leishmaniose e a malária.

Por outro lado a pretensa de iluminar a noite com intensidades diurnas, a parte as induvidáveis vantagens que proporciona, faz parte de uma procura extrema de conforto típica da vida contemporânea. O resultado pode parecer gratificante, mas não é natural. O genus homo, na sua longa evolução foi, por 99% da sua história, uma espécie menor, perseguida pelos predadores e mal alimentada. A análise da diversidade genética mostra que cem mil anos atrás a espécie Homo Sapiens era composta de não mais de dois mil indivíduos adultos, um número similar aquele de uma espécie hoje voltada à extinção, os chimpanzés.

Com a cultura e com a técnica, em cem mil anos, o home sapiens conseguiu dominar a biosfera, atingindo um número de mais de sete bilhões de indivíduos. Mas as vantagens da vida moderna possuem também um custo. A nossa espécie evoluiu em um ambiente de escassez e de deságios, o seu genoma foi moldado nesse ambiente. A abundante disponibilidade de alimentos está criando uma epidemia de obesidade e uma enorme literatura de dietas. A cômoda vida sedentária proporcionado pelos modernos meios de transporte e dos telecomandos, tornam ineficiente nossa máquina biológica, e precisamos recorrer a exercícios e academias de ginástica para dar ao corpo a funcionalidade que o conforto nos está tirando. Com a iluminação artificial podemos utilizar as horas da noite para trabalho e para diversão, mas é possível que amanhã os médicos nos recomendem passar algumas horas na escuridão mais perfeita, para tratar os distúrbios que a iluminação artificial está gerando nos nossos organismos.

Portanto o dia 27 de março, na ocasião da Hora do Planeta, apagamos a luz por uma hora, participando a esse espetacular evento do WWF, porque sem espetáculo é difícil conquistar público. Mas nesse ato, pensando nos vagalumes, vamos refletir sobre os graves impactos que a iluminação artificial está gerando na biosfera e vamos fazer o propósito de conduzir uma vida mais parcimoniosa.

Alessandro Barghini

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